Nuno Maria Felix da Costa
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alles atmet und dankt, land, antwort, ist welt, acryl, 60x84 |
es bleibt das staunen vom ersten tag sooft es in gräßlichen gräbern lag,
acryl, 120x84
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lass
uns legenden der liebe horen, acryl, 90x84
nicht nur blume und bach, auch das dach ist erfreut, acryl, 120x84
ZU DEN ARBEITEN
Nuno Félix da Costa: Spiegelungen und Überschreibungen: Faust /
Prometheus und Goethe / Pessoa
Der portugiesische Künstler und Psychiater Nuno Felix da Costa hat sich
von einem bisher unveröffentlichten Prometheus-Fragment Pessoas inspirieren
lassen und spielt im Zyklus “Spiegelungen und Überschreibungen” bildhaft
mit (un)möglichen Verbindungen zwischen Goethe und Pessoa. Da Costa gelingt
mit großflächig übermalten Fotografien Pessoas und Goethes eine künstlerische
Annäherung an dessen Selbstvervielfältigung in unterschiedliche Autorenpersönlichkeiten
(Heteronyme).
VITA
Nuno Felix da Costa wurde 1950 in Lissabon geboren. Er arbeitet als Psychiater
und lehrt an der Lisbon Medical School. Seit 1983 bestritt er 15 Einzel-
und 18 Gemeinschaftsausstellungen mit Malerei und / oder Photographie. 1983
publizierte er einen Photographieband, sowie einige Kataloge und Sammelbände.
Darüberhinaus sind seit 1995 von ihm 4 Lyrikbände im Verlag by & etc,
Lisbon, erschienen. Der Band Arte Última enthält ein Langgedicht
zusammen mit einem photographischen Portfolio, erschienen bei Casa Fernando
Pessoa, Lisbon. Sein fünftes Buch wartet auf einen Verleger ...
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
Galeria Módulo (pintura), Lisboa, 1983.
Galeria Alfarroba (pintura), Cascais, 1985.
Galeria Roma e Pavia (pintura), Porto, 1986.
Galeria Kaya (pintura sobre fotografia), Bruxelas, 1989.
Galeria Arcada (pintura), Estoril, 1990.
Galeria do Centro de Estudos de Fotografia (fotografia), Coimbra, 1990.
"Pinturas Subtractivas Sobre Matrizes Fotográficas", Galeria Pedro
Oliveira, Porto, 1991.
"Hipernomia", Galeria Alda Cortez (fotografia), Lisboa, 1992.
"Ensaio Sobre o Falso", Galeria Diferença (pintura sobre fotografia),
Lisboa, 1996.
"Arte Última", exposição de 36 fotografias, instalação de um heterónimo
no quarto do poeta e coreografia para o poema "Arte Última" no
sotão da Casa Fernando Pessoa, Lisboa, 1998.
"E X", Encontros da Imagem, Casa da Cultura de Famalicão (fotografia),
1998.
"MAS", exposição itenerante (fotografia), nas Bibliotecas da Fundação
Gulbenkian de Espinho, Melgaço, Cascais e Loulé, 2000.
Instituto Camões (pintura ), Paris, 2001.
"Retratos de Fernando Pessoa" (pintura ), Casa Fernando Pessoa,
Lisboa, 2003 e Livraria Ler Devagar, Lisboa, 2004.
"Retratos de Fausto" (pintura sobre fotografia), Goethe Institut
em Lisboa, Junho 2005.
EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
"Encontros de Fotografia de Coimbra", Coimbra, 1983.
"Fotografia Portuguesa 1970/80 ", Coimbra, 1984.
Colectiva da Cooperativa Gesto Arte, Évora (fotografia), 1984.
"EIAM-84", Campo Maior (fotografia), 1984.
Colectiva de Pequeno Formato da Cooperativa Árvore, Porto, 1984.
"Objectiva-84", Lisboa, 1984.
"Expolix 86", Lisboa, 1986.
"Fotografia Portuguesa nos Anos 80", Institut Franco-Portugais,
Lisboa, 1987.
"Portugal e o Ambiente", Forum Picoas, Lisboa (fotografia), 1987.
"Exposição Nacional Amadeo de Souza-Cardoso" Casa de Serralves,
Porto, 1987.
"O Trabalho Marginal do Artista", Galeria Arte Mixta, Lisboa,
1987.
"13 Artistas Comtemporâneos", Roma e Pavia no Forum de Arte Comtemporânea,
Lisboa (fotografia), 1988.
"Exemplos da Fotografia Portuguesa", Casa de Serralves, Porto
(fotografia), 1988.
"Nível de Olho/Fotografia em Portugal Anos 80", Galeria Almada
Negreiros (fotografia), Lisboa, 1989.
Colectiva com André Gomes, Jorge Molder, Luís Palma e Álvaro Rosendo, Galerie
Brasil, Paris (fotografia), 1989.
"A Arte e o Seu Artista", Galeria Arcada, Estoril, 1990.
"A Imagem das Palavras", Europalia-91, Bruxelas, 1991, Porto,
Casa de Serralves, Porto (fotografia), 1992.
"Pena Capital", integrada no Mês da Fotografia, Museu da Água,
Lisboa (fotografia), 1993.
PUBLICAÇÕES
Editou para a Assírio e Alvim o livro de fotografias "Retratos de
Hábito" (Lisboa, 1983) e duas colecções de postais de Lisboa em 1985
e 1986 a primeira em associação com Luís Pavão. Editou com Joana Pereira
Leite, António Pedro Ferreira e Luís Carvalho uma colecção de postais a
preto e branco.
Produziu e editou o livro "Pena Capital" para a Galeria Alda Cortez
(1993) reunindo as fotografias da exposição homónima com Joana Pereira Leite,
António Pedro Ferreira, Daniel Blaufuks, Álvaro Rosendo, Michel Waldman
e Nuno Felix da Costa.
Ainda (comunicações, artigos, livros):
"Blackbox -O Que o Olho Diz à Máquina" com António Sena, 2º Encontros
de Fotografia de Coimbra, Coimbra, 1981.
A Morte na Apropriação da Imagem", 3º Encontros de Fotografia de Coimbra,
Coimbra (1983) e Psicologia 5, 2; 157-161.
"A Fotografia e a Perversão do Olhar" A Ideia, Anartista, nº 30-31
Lisboa, 1983.
"Arte e Loucura- Os mitos do louco-artista e da loucura do artista",
Artes e Leilões nº 3, 1990.
"A Imagem das Palavras", portfolio sobre Mário Cesariny de Vasconcelos
e António Ramos Rosa. Ed João Pinharanda para a Europália (1991). Lisboa,
Contexto.
Publicou "Noutro Sítio", poesia, na & Etc. Lisboa, 1995; “Panfletarium”,
poesia, 1996 e “Cinematografias”, também poesia, ambos na mesma editora,
em 1998; “Arte Última” editado pela Casa Fernando Pessoa. Contém um grupo
de fotografias expostas na Casa Fernando Pessoa em Maio de 1998. Em publicação
um quinto livro de poesia “pós-solução. céu”.
BIBLIOGRAFIA
Barata Tabacaria nº 6, 1998.
Poesia dos Anos 90 em Portugal. Ed Nuno Júdice. Abril nº17 (1999).
Hablar/Falar de Poesia. nº 3, (2000).
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Novo Retratos de Fernando Pessoa ( Neue Porträts von Fernando Pessoa)
Pintura Sobre Goethe e Pessoa
Neste trabalho, represento o processo da leitura como se implicasse construir
um devaneio sobre a identidade do autor e fosse impossível a apropriação
objectiva da obra. Com uma atitude experimental, deixo a minha identidade
flutuar ao sabor das imagens, ora adopto deste personagem esta característica,
ora daquele outro atributo, ora o acompanho nas suas deambulações. Penso
ser assim a natureza da comunicação – além da compreensão da mensagem, perceber
a intencionalidade da comunicação, construir o interlocutor. Partes da minha
fisionomia são usadas para recompor a figura do autor ou dos seus personagens
numa metáfora deste processo em que o leitor modifica a obra para a incorporar,
e ele próprio é modificado pela obra – por exemplo, Fernando Pessoa lendo
o Fausto de Goethe, este lendo o Fausto de Marlowe ou eu procurando no Fausto
de Fernando Pessoa a influência de Goethe. A apropriação da obra contém
laivos de desejo – do desejo de proximidade a elementos da obra que queremos
fazer perdurar ou um desejo tão evidente como a paixão em que a figuração
do desejo substitui o objecto na sua desejabilidade – o corpo feminino representa
os dois sentidos do desejo – o desejo que o autor procura despertar no leitor
escrevendo a sua obra imaginando um interlocutor e o desejo do leitor fulanizando
a obra no sentido de encontrar o autor. nuno felix da costa